MARIA DE FÁTIMA S. WINDLIN - PSICÓLOGA

RELACIONAMENTOS Costumes que parecem novidades para um grupo humano geralmente já foram habituais para outros. O que parece correto para um povo pode ser o cúmulo da indecência para seus vizinhos. Até mesmo dentro de um mesmo contexto social, há diferenças marcantes entre as diversas classes ou castas que o compõem. O que é moderno e inovador para uns é velho e ultrapassado para outros. Do ponto de vista dos afetos e daquilo que consideramos familiar é quase regra vermos pessoas escandalizadas, assustadas, inconformadas, em conflitos quando deparam com essas diferenças e o que é mais complicado, uma dedicação na tentativa de querer mudar o outro porque as vezes tem uma imagem do outro construída e idealizada. Comum pensar mas não estamos nas relações com espelho, o outro por mais que seja parecido conosco em valores, crenças e afinidades ainda é o outro, o lugar que eu olho, penso e digo é um lugar diferente do lugar de cada um. Não estou querendo dizer com isso que nas relações podemos tudo, sabemos que se não houver pactos e contratos nas relações dificilmente elas serão bem sucedidas. As vezes vamos ficando em um lugar de certezas que são lugares frágeis, presos em estados do que poderia ser, no que deveria ter sido e esquecemos de olhar pro aqui agora. Tem coisas que vamos fazendo no dia a dia e não damos conta e esse fazer vai dando forma na relação. Qual a parte de cada um na transformação? Maria de Fátima S. Windlin Psicóloga Clínica – Especialidade em Família e Casais